Política

Na volta ao Senado, Marcos do Val diz que polícia queria “pen drive laranja“ e que buscas quase renderam “divórcio“

CNN BRASIL

Durante sessão no Senado nesta segunda-feira (19), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) falou sobre a operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) em endereços ligados ao seu nome na última quinta-feira (15) e disse que os policias estavam atrás de seu “pen drive laranja”.

Do Val criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que autorizou buscas no seu gabinete dentro do Senado. “Até os parlamentares que eram acusados e foram presos com dinheiro escondido em malas, em cueca, nem eles tiveram seus gabinetes revirados. O meu esteve, e sabe por quê? Tentando procurar o pen drive laranja, a tal bala de prata que eu dizia a todos”, falou nesta segunda.

Segundo o senador, os policiais responsáveis pela operação ligaram para o ministro Alexandre de Moraes “para dizer que não estavam achando o pen drive laranja”.

Durante a operação na última quinta, a PF apreendeu um pen drive no gabinete do senador, além de documentos e de um celular.

Do Val também agradeceu os policias, que segundo ele estavam “constrangidos”. “Teve até policial que ficou emocionado e chegou a chorar no dia, pedindo desculpas por estar ali”, disse.

O senador também disse que houve uma “insistência” do ministro Alexandre de Moraes para que a operação acontecesse no dia 15 de junho – dia do seu aniversário – e que sua esposa quase pediu o divórcio por conta da operação.

“Quase que naquele dia, meu aniversário, a minha esposa sai de casa. Ela pediu o divórcio na quinta-feira”, falou Do Val, e acrescentou que pediu para a esposa ficar, senão ela estaria “dando vitória para essas pessoas que têm o mal como prioridade e prazer em ver o sofrimento alheio”.

O senador leu capturas de tela com parte das mensagens que trocou com Daniel Silveira sobre a reunião, com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na qual Silveira teria proposto um plano que resultaria em golpe de Estado. E também leu as mensagens que trocou com o ministro Alexandre de Moraes após essa reunião.

Do Val reclamou de uma “omissão dos contatos alertando o ministro” na decisão de Moraes. “Quem nesse planeta que estaria organizando um ato criminoso vai até um ministro do STF alertar que está organizando um ato criminoso?”, questionou.




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