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Paraíba se consolida como eixo da nova logística do Nordeste, afirma Ministério dos Transportes



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A Paraíba está no centro da nova geografia logística do Brasil. A avaliação é do secretário executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, que durante o congresso Energia 360 Alagoas, realizado pela Origem Energia, em Maceio, afirmou que o estado reúne condições estratégicas para se tornar um eixo logístico regional capaz de conectar o interior do Nordeste aos grandes centros consumidores e à cadeia produtiva energética nacional.

Com matriz energética limpa, posição geográfica favorável e projetos de infraestrutura em andamento, a Paraíba começa a colher os frutos de uma política pública voltada à mobilidade sustentável e à integração entre transporte e energia. Um dos principais símbolos desse avanço é o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Campina Grande, que entrará em operação em 2026. “Campina Grande está à frente com o VLT, e há uma conexão muito importante entre a vocação energética da Paraíba e o modelo de mobilidade sustentável que estamos implantando. A região tem matriz energética limpa, barata e renovável. Agora precisa da logística para transformar esse potencial em competitividade”, destacou Santoro.

George Santoro – Secretário Executivo do Ministério dos Transportes (Fotos: Dean Almeida)

Campina Grande puxa fila de trens sustentáveis no Nordeste

O projeto do VLT de Campina Grande é considerado piloto dentro da estratégia nacional de reaproveitamento de malhas ferroviárias subutilizadas. Com 15 km de extensão, a nova linha aproveita trilhos antes usados para carga e agora voltados à mobilidade urbana. A iniciativa faz parte de um pacote de investimentos que inclui também o VLT de Arapiraca (AL) e dois trens de passageiros em estudo: Fortaleza–Sobral (CE) e Feira de Santana–Salvador (BA).

“Esses quatro projetos somam quase R$ 10 bilhões. São obras palpáveis, em estágio avançado. E ainda temos a Transnordestina, maior obra ferroviária em andamento no Brasil, com mais de R$ 10 bilhões aplicados e 4 mil pessoas trabalhando diretamente”, afirmou o secretário.

Paraíba no centro da integração entre energia e transporte

A vocação energética da Paraíba, com produção crescente de energias renováveis e gás natural, será ampliada com a logística integrada. O Ministério dos Transportes coordena, por meio do DNIT e da Senatran, a implantação dos chamados “corredores azuis”: rotas rodoviárias com pontos de abastecimento para veículos elétricos, a gás e GNL (Gás Natural Liquefeito). “Essa política está sendo implantada com apoio de operadores privados e vai beneficiar diretamente os estados do Nordeste. Estamos também regulamentando caminhões elétricos e testando modelos de transporte sustentável pesado”, explicou Santoro.

 

Efeitos econômicos: investimento com retorno garantido

Os investimentos em infraestrutura logística têm efeito direto na geração de empregos e na movimentação da economia paraibana. “Cada real investido pode gerar de duas a quatro vezes mais em movimentação econômica, especialmente na construção civil e nas cadeias de fornecimento regional”, disse Santoro.

A nova malha ferroviária permitirá escoar com mais eficiência a produção agrícola, industrial e energética da Paraíba, conectando o estado a polos do Sudeste e aos portos exportadores, como o de Itaqui (MA). Santoro ainda revelou que o governo está negociando com a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) para modernizar a malha baiana e interligar toda a região Nordeste ao restante do país.

 

Paraíba assume protagonismo logístico no Nordeste

Mais do que integrar, a Paraíba assume protagonismo em uma nova etapa do desenvolvimento regional. “A posição da Paraíba permite que ela funcione como eixo de articulação logística entre o litoral, o interior e as regiões centrais do país. É um estado que reúne as condições necessárias para liderar essa transição logística e energética”, avaliou o secretário.

 

Nordeste terá crescimento acima da média nacional

Santoro reforçou que o Nordeste será um dos motores da economia brasileira nos próximos anos, ao lado do Centro-Oeste. “O que estamos vendo é um avanço estrutural: energia limpa, logística eficiente e integração com o restante do país. Não é exagero dizer que essa região terá crescimento acima da média nacional”, pontuou.

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