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Quase 60% dos paraibanos sobrevivem com renda domiciliar per capita de até um salário mínimo, segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2025, divulgada pelo IBGE. O estado mantém forte concentração de renda entre os grupos de menor poder aquisitivo.
Pelos dados, 59,8% da população está abaixo da linha de um salário mínimo por pessoa no domicílio. Desse total, 27,1% vivem com renda entre 25% e 50% do piso nacional, enquanto 32,7% recebem entre 50% e 100%. Esta última é a faixa com maior número de habitantes.
Acima de um salário mínimo, a participação cai. Apenas 18,2% têm renda per capita entre 1 e 2 salários. Já 4,2% ficam entre 2 e 3 salários, 3% entre 3 e 5 salários, e apenas 1,9% ultrapassam cinco salários mínimos.
Mulheres pretas ou pardas ganham 66% menos que homens brancos
A pesquisa também mostra desigualdade expressiva. Mulheres pretas e pardas recebem 66% menos que homens brancos na Paraíba.
Homens brancos têm renda média de R$ 1,6 mil, contra R$ 1 mil das mulheres pretas ou pardas.
Entre 2012 e 2024, o rendimento masculino branco subiu 30%, enquanto o desse grupo de mulheres cresceu 19%. A diferença entre eles passou de R$ 442 para R$ 661.
Extrema pobreza cai ao menor nível da série histórica
A Paraíba tem 194 mil pessoas em extrema pobreza, equivalente a 4,7% da população. É o menor índice da série histórica.
Já a pobreza atinge 38,3% dos moradores, cerca de 1,58 milhão de pessoas — também o menor patamar desde 2012.
O pior cenário foi registrado em 2021, quando a extrema pobreza chegou a 16,7% e a pobreza a 56,1%.
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